Odontogeriatria – entenda a melhor forma de interagir com um paciente idoso

Existe um ramo da odontologia dedicado à terceira idade: a Odontogeriatria. Com o passar dos anos, o organismo vai apresentando mudanças importantes para a odontologia, como alterações hormonais, redução da produção de saliva e outros, que demandam cuidados especiais. Mas, além do conhecimento técnico das particularidades da Odontogeriatria, também é preciso entender a melhor forma de interagir com um paciente idoso.

Dependendo da complexidade do atendimento e do tempo de recuperação que ele acarreta, o dentista precisa se certificar de que o idoso possui uma rede de apoio: alguém que o acompanhe durante o procedimento e que fique com ele até que esteja totalmente recuperado.

Além disso, é indispensável perguntar ao idoso ou a quem possa responder por ele, sobre eventuais problemas de saúde e/ou medicações que ele faça uso, para aplicar anestésicos ou prescrever medicamentos sem correr riscos.

O atendimento ao idoso costuma ser mais demorado do que um atendimento padrão, pois o ideal que se tenham cuidados redobrados, tanto na parte física, como na emocional. Então, seja pela necessidade de conversar e tranquilizar o paciente, seja pela precaução de permanecer em sua residência algum tempo a mais, para se certificar de que sua recuperação está transcorrendo sem problemas, reserve um tempo maior na sua agenda quando realizar este atendimento.

Escute o paciente, converse, esclareça suas dúvidas da forma mais didática possível. Fale diretamente com o paciente, por mais que ele esteja com um acompanhante ou um membro da família. É rude ignorar o paciente e dirigir as informações apenas para seu responsável. Entenda que seus medos e seu tempo podem ser diferentes dos pacientes habituais.

Porém, é importante que não se trate o paciente de forma infantilizada, pois isso pode ser ofensivo e até desencadear algum tipo de medo. Você está atendendo uma pessoa adulta e, ainda que ela eventualmente possua alguma limitação, ela deve se sentir forte e capaz. Seja paciente, afetuoso, receptivo, mas não infantilize o paciente.

Tente empoderar seu paciente. Explique que ele está no controle, que se ele fizer qualquer gesto ou som pedindo para interromper o procedimento, você irá parar e verificar o que ele precisa. E jamais atribua qualquer queixa ou reclamação à idade, o que quer que seu paciente te diga tem que ser respeitado e levado a sério.

Por fim, após o procedimento, ao deixar seu contato com o paciente, pergunte sobre a forma que lhe é mais fácil se comunicar. Alguns idosos optam por não ter redes sociais e não tem facilidade para utilizar recursos que demandem internet como whatsapp ou e-mail. Nesse caso, é importante que o dentista disponibilize uma forma de contato mais tradicional, como telefone.

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