Atendimento Hospitalar – o tratamento ao paciente requer cuidados extras

Pessoas internadas em hospitais também podem ter problemas bucais, mas dificilmente poderão sair para ir ao consultório do dentista. Por isso, elas precisarão que o dentista vá até elas, no hospital, atendê-las. É a chamada Odontologia Hospitalar. Alguns hospitais possuem aparelhagem própria para atendimento odontológico, outros dependem do uso de um Consultório Portátil, mas todos precisam ter um profissional apto a atender os problemas odontológicos de seus pacientes internados.

O tratamento dado a um paciente hospitalizado requer alguns cuidados extras, tanto físicos quanto psicológicos, uma vez que a pessoa se encontra em uma situação atípica. É um pouco mais delicada, mas, se bem aplicada, a Odontologia Hospitalar gera inúmeros benefícios, como, por exemplo, redução do tempo de internação, diagnóstico precoce de doenças, redução do risco de infecções e outras consequências decorrentes de problemas bucais não tratados.

Inicialmente, é indispensável uma atuação multidisciplinar, envolvendo médicos e eventualmente outros profissionais, como psicólogos e fisioterapeutas. O dentista deve estar ciente, antes de entrar em contato com o paciente, de todos os seus problemas de saúde, de seus medicamentos, de suas limitações e dos protocolos do hospital. Não se deve questionar o paciente sobre informações técnicas, pois ele não tem o conhecimento para fornecê-las, é preciso chegar ciente de todas as informações necessárias.

É importante que o dentista obtenha, através do hospital, informações sobre os cuidados de higiene bucal que o paciente internado está recebendo, uma vez que, infelizmente, nem sempre há um padrão. Em alguns casos os pacientes mal recebem os cuidados necessários. Então, para compreender melhor a origem e extensão do problema, nunca presuma, sempre pergunte não apenas sobre o estado de saúde geral do paciente, como também sobre os cuidados de higiene bucal que ele recebe diariamente.

Além disso, o trato com o paciente também precisa observar alguns cuidados. Estamos falando de pacientes que provavelmente já estão física e emocionalmente fragilizados por uma doença e podem ficar frustrados por acumular problemas bucais. Muitos recusam tratamento ou podem apresentar um quadro depressivo que comprometa sua recuperação. Portanto, muitas vezes será necessária uma dose extra de paciência, acolhimento e psicologia, tanto com o paciente como com seus familiares.

Toda e qualquer orientação, por mais básica que seja, deve ser deixada por escrito para o paciente, uma vez que ele e seus familiares provavelmente não terão a disponibilidade de assimilar instruções em um momento tão delicado. Deixe sempre por escrito, não apenas oficialmente, para o hospital, mas também para os pacientes, para que eles possam consultar posteriormente, se tiverem dúvidas, e fiscalizar se o hospital está seguindo as orientações de forma correta.

Por fim, esteja disponível para o paciente. Por mais que o hospital funcione com sistema de revezamento, eventualmente um paciente pode criar uma conexão especial e ter muito mais confiança em um determinado dentista. Se o paciente chamar especificamente por você, vá, se estiver ao seu alcance. Talvez você nem imagine o ganho em qualidade de vida que o seu atendimento específico está gerando.

Add a Comment

Your email address will not be published.