Para passar credibilidade e confiança ao seu paciente, não basta uma boa técnica. É preciso ir além.

Para passar credibilidade e confiança ao seu paciente, não basta uma boa técnica. É preciso ir além.

Um paciente não entende a parte técnica da odontologia, portanto, em um primeiro momento, não vai poder avaliar sua credibilidade nem estabelecer uma relação de confiança com base no seu desempenho técnico. Conquistar um paciente demanda mais cuidados além de realizar um procedimento impecável.

A primeira dica é: fale simples com o seu paciente. Falar difícil é fácil, o difícil e falar simples. Tente não exagerar nos termos técnicos ao explicar o procedimento e, sempre que citar um termo técnico, imediatamente depois explique de forma simples o que ele significa. Muitos acham que uma linguagem inacessível gera status ou presunção de competência, mas em um paciente, isso gera apenas apreensão. Explique a situação do paciente e os procedimentos que serão necessários de forma acolhedora, fácil de entender e acessível.

Mantenha uma postura calma, serena e confiante (não confundir com arrogante). Nada de ansiedade, de falar muito, de falar rápido. Converse com o paciente de maneira calma, ouvindo tudo que ele tem a dizer e respondendo com tempo e paciência. É preciso que ele perceba que, naquele momento, você é a coisa mais importante para ele e ele tem 100% da sua atenção.

Fale a verdade. Sempre. O que não quer dizer ser rude, ser ríspido ou causar qualquer mal-estar. Existem formas brandas, suaves e amorosas de dizer a verdade sem assustar. Ao dizer “você teve cáries pois não escovou direito os dentes” e “acho que posso te dar algumas dicas para melhorar a escovação e com isso prevenir o aparecimento de novas cáries” se está dizendo basicamente a mesma coisa, só que a primeira pode criar uma resistência no paciente e a segunda gera acolhimento e conforto.

Não importa o que aconteça, você e o paciente estão sempre do mesmo lado: o lado que busca a melhor saúde bucal, o bem-estar e a solução de qualquer problema que apareça. Nunca se coloque do outro lado, isto é, nunca vire um antagonista. O paciente deve ver em você uma segurança, não um temor.

Compreenda os medos, angústias e temores do paciente: reconheça o sentimento do paciente sem menosprezá-lo, mas explique o que você pode fazer para que o temor do paciente não se torne realidade. Converse, escute, acalme, tranquilize. Todo dentista tem que ser um pouco psicólogo, no sentido de saber ouvir.

Esteja disponível para o seu paciente, antes, durante e depois da consulta. Ele precisa saber que se houver uma emergência terá como entrar em contato com você. Ele precisa saber que você vai acompanhá-los após o procedimento para se certificar de que ele está bem, mesmo que seja com um telefonema. Ele precisa saber que pode fazer qualquer pergunta, tirar qualquer dúvida ou contar qualquer sintoma sem ser julgado, recriminado ou ignorado.

Tenha empatia, a capacidade de se colocar no lugar do seu paciente. Trate seu paciente como você gostaria que tratem sua mãe, seu filho ou qualquer ente querido. Nada como fazer esse exercício mental: se fosse uma pessoa querida no lugar do paciente, como você gostaria que ela fosse tratada?

Por fim, converse com o paciente durante o procedimento. Explique o que está fazendo, o que ele pode sentir, pergunte se está tudo bem. Para quem está de boca aberta sem ver nada, ser tranquilizado de tempos em tempos faz toda a diferença.

Uma boa técnica, todo dentista tem a obrigação de ter. Vá além e mostre um atendimento humanizado como diferencial, certamente ele vai te trazer bons resultados.

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